No mês de março, dia 21, é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de DOWN, venho através dessa postagem deixar algumas informações sobre o assunto, assim como, prestar minha homenagem a todos eles.
Consta em BRASIL (1989), na lei nº 7. 853 o direito a inclusão dentro do sistema educacional, entendido como a rede regular de ensino, à modalidade de Educação Especial para crianças na pré-escola, educação precoce, e quando jovens ou adultos, o direito ao ensino de 1º e 2º graus, visto que, todo esse acesso deve ser preferencialmente gratuito em escolas públicas. Então, a lei assegura a educação das pessoas com necessidades especiais, e mais, oferece programas de educação em
unidades hospitalares para àqueles que por algum motivo estiver hospitalizado por um tempo de um ano ou mais.
E por que existem Downs fora da escola?
A inclusão deve parar de ser visualizada como utopia. Também não se trata de modismo e não está ligada apenas às escolas. A inclusão é um contexto social maior, que engloba a educação inclusiva e vincula: respeito, direitos humanos, dignidade e participação. Para que possa acontecer é necessário uma mudança ideológica na sociedade e rápida mudança no sistema educacional.
Explica Voivodic (2008), que a tão sonhada inclusão não acontecerá por simples obrigação, forçada pela lei ou decretada por legisladores, porque a sua concretização só ocorrerá quando for aceita pela comunidade escolar e a família, então principais envolvidos neste processo.Lutar pela igualdade, qualidade de vida, acesso à escola é direito de qualquer ser humano. Logo, crianças ou adultos com Síndrome de Down participam dos mesmos direitos à educação, ao lazer, saúde e cidadania.
O sujeito Down pode ter uma vida saudável, útil e feliz, como qualquer cidadão pois a Síndrome não é empecilho para que isso ocorra. O que se precisa é dar condições e oportunidades para que o mesmo se realize como pessoa , assim como, realize seus ideais e sonhos. A sociedade precisa de conscientização e responsabilidade social para que esse direito a vida prevaleça.
A convivência com atitudes de preconceito com as pessoas ditas "deficientes" já nos acompanha a tempos. Mas em um passado recente os meios de comunicações passaram a fornecer maiores informações sobre o assunto explorando o tema e mostrando o Down no mercado de trabalho, escolas e até mesmo nos bancos das faculdades.
Tenho um irmão Down, o que é novidade para poucos, tendo em vista que me orgulho disso e faço questão de divulgar. Sou 7 anos mais velha que ele e crescemos juntos. Sempre seguindo meus passos e eu abrindo portas do mundo para que Marcio as atravessasse sem sofrer qualquer tipo de "agressão" que o mesmo poderia lhe dar. Marcio frequentou escolas especiais, teve acompanhamento pedagógico particular e passou a trabalhar na empresa da família sempre honrando e cumprindo sua rotina de trabalhador (plantões, horário, salário), era frentista no posto. Marcio também faz parte do grupo de jovens da igreja onde toca chocalho nas missas. No Projeto de Humanização Hospitalar ele é o Dr. Chaveirão e junto com os demais membros da equipe visita centros geriátricos para levar um pouco de alegria aos vovôs. Poderia gastar infinitas páginas do meu Blog falando e narrando acontecimentos vividos, mas vou me conter. Quero apenas deixar meu comentário sobre o filme, COLEGAS, que assisti no último domingo. EU ASSISTIIII!!! Após longos e infinitos dias de espera eu assisti. e digo mais : Ri,
chorei , dei gargalhadas e sai da sala de cinema com uma leveza...e não
espero isso de todos que assistirem, não. Essas emoções extravasaram
na minha pessoa devido ao fato de por 38 anos da minha vida ter o PRIVILÉGIO de conviver com um dos maiores tesouros que DEUS proporcionou a minha família: meu irmão Marcio Villani Ruy.
Falar sobre o filme Colegas é muito mais que necessário ser um
crítico, ter conhecimento em cinema ou saber a fundo sobre a arte de
atuar. Pra falar sobre colegas é necessário olhar o filme com os olhos
da alma, do coração...e olhar através do roteiro, atuação, fotografia,
direção...é preciso EMPATIA com cada um dos protagonistas. É imaginar o
que se passa na cabeça deles naquele momento. É sentir a falta de
atuação de cada um, sim, pois para eles aquilo era uma verdade e mais do
que qualquer ganhador de oscar eles VIVERAM aquelas situações sem a
necessidade de "atuar", desculpas mas isso apenas os Downs conseguem.
Isso se expressa no brilho do olhar em cada cena apresentada. Sem
palavras o quanto de sensibilidade o diretor Marcelo Galvão tem dentro
do seu coração. Meu respeito para com ele como pessoa e profissional.
Paro para pensar, e não tenho dúvidas, que o mundo seria uma verdadeira
FESTA e com soluções imediatas para todos os problemas que nele existem
se por 1 dia, apenas 1 dia os DOWNS tomassem conta do planeta. Falam
muito no Ariel Goldenberg, um fofo, muito competente e dá vontade de
ganhar aqueles abraços que ele distribuí nos filmes mas 0 Breno viola
(MARCIO NO FILME)me deixou impressionada ele rouba as cenas... além do
mais, é muiiiiito parecido (fisicamente assim como nas atitudes) com meu
irmão Marcio. Enfim...estava na expectativa e não fui
surpreendida...alma lavada. Obrigada Renato pela companhia de sempre..AMEI!!!!!!!!!
MOMENTO ESPECIAL: Marcio realizando ações no Projeto de Humanização hospitalar DOSES DE ALEGRIA. Ele realizou uma oficina de capacitação, sob supervisão do ator Hudson Zanoni, para ingressar ao grupo. Quando ele vem nos visitar em Florianópolis ele atua como DR Chaveirão!!!!
SER DIFERENTE É NORMAL!!
Um beijo ESPECIAL no coração de cada um que acompanha esse espaço!
Nádia Villani Ruy