Tendo como ponto de partida a “lenda do guaraná” adentremos a Amazônica e aprofundamos o conhecimento sobre o Guaraná, arbusto lá encontrado rico em cafeína e devido a suas propriedades estimulantes é usado na fabricação de xaropes e refrigerantes. Tem casca vermelha e quando maduro deixa aparecer a polpa branca e suas sementes, assemelhando-se com olhos. A pesquisa se deu de forma lúdica e após assistirmos a animação da lenda no youtube fomos atrás de imagens da frutinha. A lenda do guaraná pode ser encontrada em:
Realizamos o trabalho individualmente. A reprodução da fruta foi em argila. Nessa atividade foi utilizada a técnica de modelagem em argila, e pintura com guache.
Guaraná
Resultado final
Lenda do Guaraná
Aguiri, menino da tribo Saterê-Mauê da área cultural do Tapajós-Madeira, tinha os olhos mais lindos e espertos que jamais se vira naquela região. Os pais agradeciam frequentemente ao grande espírito por essa graça singular. Muitas mães pediam ao céu que fizesse nascer também para elas um filho com olhos tão bonitos. Aguiri se alimentava de frutas que colhia da floresta em cestos que sua mãe lhe fazia e gostava de partilhá-las com outros coleguinhas de jogos. Certa feita, o menino dos olhos lindos distraiu-se na colheita das frutas, indo de árvore em árvore até afastar-se muito da maloca. Aí percebeu, com tristeza, que o sol já transmutara e que se fazia escuro na floresta. Não achando mais o caminho de volta, decidiu então dormir no oco de uma grande árvore, protegido dos animais noturnos e perigosos. Mas não estava a salvo do temido Jurupari, um espírito mal fazejo que vaga pela floresta, ameaçando quem anda sozinho. Ele também se alimenta de frutas. Mas tem o corpo peludo de morcego e o bico adunco de coruja. Jurupari sentiu a presença de Aguiri e, sem maiores dificuldades, o localizou no oco da grande árvore. Atacou-o de pronto, sem permitir que pudesse esboçar qualquer defesa. De noite, os e todas as mães que admiravam Aguiri ficaram cheios de preocupação. Ninguém conseguiu pregar o olho. Mal o sol raiou, os homens saíram pela mata afora em busca do menino. Depois de muito vaguear daqui e dali, finalmente encontraram seu cesto, cheio de frutas que ficaram intocadas. E no oco da grande árvore deram com o corpo já frio de Aguiri. Havia sido morto pelo terrível Jurupari, o espírito malfazejo. Foi um lamento só. Especialmente choravam os curumins, seus colegas de folguedos. Eis que se ouviu no céu um grande trovão e um raio iluminaram o corpo de Aguiri. Todos gritaram: - É Tupã que se apiedou de nós. Ele vai nos devolver o menino. Nisso se ouviu uma voz do céu, que dizia suavemente: - Tomem os olhos de Aguiri e os plantem ao pé de uma árvore seca. Reguem esses olhos com as lágrimas dos coleguinhas. Elas farão germinar uma planta que trará felicidade a todos. Quem provar o seu suco sentirá as energias renovadas e se encherá de entusiasmo para manter-se desperto e poder trabalhar incansavelmente. E assim foi feito. Tempos depois, nasceu uma árvore, cujos frutos tinham a forma dos olhos bonitos e espertos de Aguiri. Fazendo do fruto um suco delicioso, todos da tribo sentiram grande energia e excitação. Deram, então, àquela fruta, em homenagem ao curumim Aguiri, o nome de Guaraná, que em língua tupi significa “a árvore da vida e da vitalidade”.
"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."
(Rubem Alves)
(Rubem Alves)
Lindas metamorfoses para você!!
Nádia Ruy
bonito alemda
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