E eu sou..

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Florianópolis, SC, Brazil
Graduada em Pedagogia, pelo Centro Universitário Franciscano; Santa Maria/RS, com habilitação para educação infantil, séries iniciais do ensino fundamental. Pós Graduada em Psicopedagogia clínica e Institucional. Cursos complemetares de Pedagogia Hospitalar e Brinquedoteca Hospitalar. Idealizadora e Presidente do Projeto de Humanização Hospitalar DOSES DE ALEGRIA, onde capacita, coordena e realiza ações sociais com equipes de Doutores Palhaços. Meus projetos e a didática que desenvolvo são fundamentados em cima da "Teoria das Inteligências Múltiplas" de Howard Gardner. Para o psicólogo americano , criador da teoria das habilidades múltiplas, a predisposição genética e as experiências vividas na infância podem favorecer nossos “computadores mentais”. Em sua opinião, é mais importante estimular do que medir os recursos mentais

sexta-feira, 10 de junho de 2011

LENDA DO GUARANÁ

                       Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos. De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana, (Wikipédia, a inciclopédia livre). Dentro desse contexto buscamos no imaginário estudar mais sobre nossas florestas e suas riquezas.
            Tendo como ponto de partida a “lenda do guaraná” adentremos a Amazônica e aprofundamos o conhecimento sobre o Guaraná, arbusto lá encontrado rico em cafeína e devido a suas propriedades estimulantes é usado na fabricação de xaropes e refrigerantes. Tem casca vermelha e quando maduro deixa aparecer a polpa branca e suas sementes, assemelhando-se com olhos. A pesquisa se deu de forma lúdica e após assistirmos a animação da lenda no youtube fomos atrás de imagens da frutinha. A lenda do guaraná pode ser encontrada em: em LEONARDO BOFF. O casamento entre o céu e a terra: contos dos povos indígenas do Brasil. Rio de Janeiro: Salamandra, 2001. p. 39-40.
  Realizamos o trabalho individualmente. A reprodução da fruta foi em argila. Nessa atividade foi utilizada a técnica de modelagem em argila, e pintura com guache.
Guaraná


                     


                         







 Resultado final
                                                                                                                                                   
       

Lenda do Guaraná
                Aguiri, menino da tribo Saterê-Mauê da área cultural  do Tapajós-Madeira, tinha os olhos mais lindos e espertos que jamais se vira naquela região. Os pais agradeciam frequentemente ao  grande espírito por essa graça singular. Muitas mães pediam ao céu que fizesse nascer também para elas um filho com olhos tão bonitos.  Aguiri se alimentava de frutas que colhia da floresta em cestos que sua mãe lhe fazia e gostava de partilhá-las com outros coleguinhas de jogos.  Certa feita, o menino dos olhos lindos distraiu-se na colheita das frutas, indo de árvore em árvore até afastar-se muito da maloca. Aí percebeu, com tristeza, que o sol já transmutara e que se fazia escuro na floresta.     Não achando mais o caminho de volta, decidiu então dormir no oco de uma grande árvore, protegido dos animais noturnos e perigosos. Mas não estava a salvo do temido Jurupari, um espírito  mal fazejo que vaga pela floresta, ameaçando quem anda sozinho. Ele também se alimenta de frutas. Mas tem o corpo peludo de morcego e o bico adunco de coruja. Jurupari sentiu a presença de Aguiri e, sem maiores dificuldades, o localizou no oco da grande árvore. Atacou-o de pronto, sem permitir que pudesse esboçar qualquer defesa.  De noite, os e todas as mães que admiravam Aguiri ficaram cheios de preocupação. Ninguém conseguiu pregar o olho. Mal o sol raiou, os homens saíram pela mata afora em busca do menino. Depois de muito vaguear daqui e dali, finalmente encontraram seu cesto, cheio de frutas que ficaram intocadas. E no oco da grande árvore deram com o corpo já frio de Aguiri. Havia sido morto pelo terrível Jurupari, o espírito malfazejo.   Foi um lamento só. Especialmente choravam os curumins, seus colegas de  folguedos. Eis que se ouviu no céu um grande trovão e um raio iluminaram o corpo de Aguiri. Todos gritaram:  - É Tupã que se apiedou de nós. Ele vai nos devolver o menino. Nisso se ouviu uma voz do céu, que dizia suavemente: - Tomem os olhos de Aguiri e os plantem ao pé de uma árvore seca. Reguem esses olhos com as lágrimas dos coleguinhas. Elas farão germinar uma planta que trará felicidade a todos. Quem provar o seu suco sentirá as energias renovadas e se encherá de entusiasmo para manter-se desperto e poder trabalhar incansavelmente. E assim foi feito. Tempos depois, nasceu uma árvore, cujos frutos tinham a forma dos olhos bonitos e espertos de Aguiri. Fazendo do fruto um suco delicioso, todos da tribo sentiram grande energia e  excitação.    Deram, então, àquela fruta, em homenagem ao curumim Aguiri, o nome de Guaraná, que em língua tupi significa “a árvore da vida e da vitalidade”.


"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."
                                                                                     (Rubem Alves)

Lindas metamorfoses para você!!
Nádia Ruy



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